quarta-feira, 10 de novembro de 2010

mas um dia por aqui...

Levanto e vejo o sol, com meu corpo conservado em formol, aplico minha injeção de adrenalina e levanto para começar mais um dia,vou ao banheiro e faço o de costume,olho no espelho e vejo que meu corpo já não é mais tão imune,não agüenta o que já agüentou eu tento me manter,o problema foi o tempo que passou e nem sequer me chamou ou esperou,como a dez anos atrás eu com uma garrafa e nada mas,em um quarto barato e escuro.Gritar ou chorar já não é uma opção, esperar um deus ou qualquer crença popular, eu já tentei acreditar, para ver o que poderia mudar, simplesmente faz você se acomodar e desistir de lutar ,eu penso diferente,sem crenças ou deuses,me crucifixo todo dia com minha garrafa e com meus próprios dentes,sou persistente para chegar o fim e cuspir em tudo que passou,eu ainda sou forte,apesar de tudo eu ainda sou forte,e o suicídio não é uma opção,não tenho essa pretensão,nem esse desprezo pelo que vivo,só que as vezes,o meu vazio que me completa precisa de um complemento,e isso eu nunca consegui achar ou acreditar que existe.Doença nunca me derrubaram, amores nunca me mataram, empregos nunca me consumiram, sonhos nunca me iludiram, contos eu nunca conseguia terminar,romances então? nem pensar,como eu me sentia inútil certos dias,todos tem suas próprias historia, eu tenho apenas minha própria imaginação para fazê-las,imaginar as vezes pode ser mais difícil do que vivenciar, isso eu tento acreditar,abro o cadernos de versos roubados de escritores marcados e penso em roubar outro verso para fazer algum conto ou poema,“Quando já esta quase sem alma e se tem consciência disso.é porque ainda se existe”ainda existe esperanças?nao ainda havia tempo,tempo de respirar,beber,vomitar,desmaiar,e esperar esperar sentado a morte me buscar,cansei de ir atrás,agora é minha vez de me fazer de difícil!

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