domingo, 30 de maio de 2010

Copos Virados,parte 2

De começo já faço um drama para o final, sem menor compreençao como uma pífia canção de mais um bêbado com o violão, quando sua melhor desculpa foi não saber o que estava por vir, seguiu a vida sem chorar e nem sorrir, um copo, um tabaco, e de resto uma vida com um rato, correr pelas frestas da vida lhe parecia sua única saída, tanto faz se é poeta, boêmio ou pirado, todos já sabem o seu futuro marcado.’’Esta escrito na sua testa que você não presta’’mas ninguém o contesta, todos pensam que o louco acha que sua vida é uma festa.Bêbado, calado e jogado no chão, indiferente com sua atual posição, com um velho caderno e uma caneta na mão.Falava sobre tudo ou falava sobre nada não sabia ao certo diferenciar essas duas coisas, seu tudo foi nada para todos, e esse seu nada era tudo que lhe restava.Mesmo com seu corpo e a vista cansada, não podia se entregar sem nada para ser lembrado na posteridade, mas não ouve tempo para isso...
Um dia o seu tempo passou, seu passado marcou sim, mas o presente o levou, e o futuro nem chegou.
As pessoas podem morrer, as pessoas devem morrer, mas a poesia e a bebida ficam e não te deixa morrer por completo.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Confissões de uma mente atrofiada

Pra começar nem queria estar aqui. Mas porque estou? Boa pergunta. Me culpo todos os dias por acordar, sorrir, amar... viver mentiras. Me culpo e continuo fazendo. Acho que a vida é assim mesmo. E eu odeio essa merda. Todos os dedos apontados pra mim, dizendo o que fazer. Sou cobrado, todos são. Tenho que dizer a muitos o que fazer. Quer saber? eu não sei o que fazer, e também não dou a mínima pra essa merda! Todos são orientados a vida inteira... Que se foda! Se você espera de mim um conselho, aí vai: Saia e faça o que quer. Pelo menos uma vez. Eu duvido que você já fez o que desejou alguma vez. Eu não fiz. Mas pelo menos sei que estou errado. Já é um começo certo? Não, acho que não. Então quando te disserem o que fazer, que profissão escolher, mande-os para o inferno. Que se fodam as profissões. No fim das contas vai trabalhar pra enriquecer alguém que nunca verá a cara. Vai se acostumando. Eu também gostaria de enriquecer as custas de alguém. Ver o capital crescer e simplesmente sair mais cedo do trabalho porque eu quero, mas sou muito medíocre pra isso. Sempre fui. Dizem que quem nao sabe fazer, ensina. Eu não sei fazer, também não sei ensinar. O que farei então? Já sei: escrevo qualquer coisa em um blog qualquer. Depois de beber alguma coisa, desligo a merda do computador e durmo, afinal de contas, amanhã tenho que acordar pra viver essa mentira que chamam de vida.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Copos virados,parte 1

E quando o copo foi virado se tornou mais um renegado, em um mundo em que o único certo é o manipulado, o boêmio sempre é descriminado.
Pelo ócio em sua vida mansa sem preocupações, nos olhos dos mal informados que desconhecem que muitos deles mesmo inebriados são muito lúcidos e usam isso como a fuga de seu mundo, que se perde em sua própria ambição, e para não ver o declínio de um lugar tão amado, entorna copos repetitivamente ao longo do dia como forma de libertação.
Mal acabou de virar o copo e viu que tinha sede, não a banal sede física que afeta a todos, mas sim a sede de mudar algo. Pensou que talvez fosse sede de vingança ou talvez que fosse a sede de argumentação, virou outro copo, e percebeu que a sede era a mais pura sede de revolução. Então ele decidiu que um copo não seria só mais um copo. E que toda vez daqui por diante que este fosse virado seria símbolo de revolução. Foi sua revolução pessoal. Sua revolução por copos virados!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Percepção perturbadora

Percebi, demorei, mas percebi.
Parece que de tudo que estava em minha frente
Só restaram os vultos, e que todas as certezas
Eram baseadas nas vagas lembranças que guardei de um bom começo
Sonhos e planos arruinados pela verdade
Que me segue mostrando a verdadeira cara da realidade
Realidade essa que com certeza amarga minha boca e fere meu coração
Mas a mesma verdade que me incomoda me faz ver o monstro que há por traz
Da face de quem diz que me ama
Me chama,me clama,me engana...
Me pede e me ignora, me faz feliz e me destrói
Perceber foi fácil, o difícil foi acreditar
Mas acabou o tempo de me auto enganar

Ando só, sempre sozinho, e sempre em frente para um dia poder alcançar minha verdadeira meta.De não ser peregrino de uma terra em que fui parido, nem sempre foi assim não sei o que aconteceu, tudo mudou e para me adaptar eu não serei eu, esse não é eu, essa não minha terra, tento me fazer indiferente, tento mudar os ares, tento correr sem rumo, por não aceitar hipocrisia em todos os lados que olho, em não conseguir ver um sorriso verdadeiro, filhos brigando no enterro de seu pai para saber quem é o herdeiro, para mim isso não é o brasileiro, então eu sou o forasteiro.E ando só, sempre sozinho, até encontrar minha verdadeira terra, e enfim, deixar de ser solitário