segunda-feira, 26 de abril de 2010

OUTRA REALIDADE

É cumbuca, é poleiro, é barro opaco.
Não tem lâmpada, é candeia que lumeia
Só pão e água na ceia com areia vareia
No dia a dia no sufoco de mais um caboclo
E da cabocla que fica na labuta o dia inteiro
É o esforço do dia-a-dia que não é corriqueiro
Que passa a vida no zero
Mesmo com muito esmero
Esforço no trabalho, mas sem patrão.
Vive sossegado com o ar puro do sertão
Mais com o lucro que nem no tempo da escravidão
O que resta para o caboclo é apenas seus colhoes
Mas com sua família unida vive com muitas emoções
É cabra da peste que pra se defender tem um facão na mão
Com a faca ou os dente vive resistente
Sempre persistente e só quem vive nisso entende
Sem ambição trabalha pra sobreviver sem caos
Todos os dias ele se esforça para que não desista
Um dia bate em sua porta uma vida paulista
Com uma proposta de ganhar muito dinheiro
Em relação a quase nada que se tem em Juazeiro
Seria uma boa pra o caboclo com suas crianças
Em seus futuros poderia haver uma esperança
Pensou com sua cabocla e chagaram a conclusão que não iriam
Pois sua vida ele não larga ama sua terra.
Longe de sua terra eles não se viam
As dificuldades o sufocam, mas, nada ofuscava sua alegria.
Porque estão juntos e lutando contra o dia a dia

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